sexta-feira, 3 de abril de 2009


Propaganda no Rádio – década de 90



No início da década de 90 a verba destinada a publicidade no rádio era apenas 4,8% da participação no mercado. A televisão, por sua parte, consolidou a sua liderança. No começo dos anos 90, o meio tinha uma quota de 57,3% na distribuição da publicidade. Seguiam-lhe os jornais (25,6%) e as revistas (9,6%). (MEIO & MENSAGEM, 2001, p. 12)

Tal resultado indica a transição definitiva do rádio para um escalão inferior na divisão dos investimentos publicitários realizados em mídia no Brasil. A redução se produziu, sobretudo, como conseqüência do avanço da televisão sobre a quota de mercado do rádio. Nenhum outro meio sofreu uma queda com a mesma intensidade. De 1950 (ano em que surgiu a televisão no Brasil) até 1990, a participação do rádio na distribuição dos recursos publicitários baixou 82%. A quota da publicidade exterior diminuiu 70% e dos jornais, 32%. Em contrapartida, a participação da televisão subiu 135%, como mostra a Tabela 1.



Tabela 1 – Distribuição dos investimentos publicitários

realizados em mídia de 1950 a 1990

Meio

1950

1960

1970

1980

1990

Jornal

38,0%

18,1%

21,0%

16,2%

25,6%

Rádio

26,0%

23,6%

13,2%

8,1%

4,8%

Televisão

0%

24,7%

39,6%

57,8%

57,3%

Revista

10,0%

27,1%

21,9%

14,0%

9,6%

Exterior

9,0%

6,4%

3,8%

3,3%

2,7%

Fonte: Elaboração própria, a partir de Leite (1950), Ortriwano (1960 a 1980) e Meio & Mensagem (1990).


Para tornar mais frágil a situação do rádio na distribuição das verbas, na década de 90 também se incrementa a competição com novos meios e formas de promoção publicitária. Neste período, ganham espaço ferramentas como a televisão por assinatura, a internet, o marketing direto, o marketing relacional, o marketing promocional, o marketing esportivo, o marketing com causa social, etc.

Tudo isso produz uma mudança profunda no panorama dos meios e impõe um desafio para o rádio: como frear o avanço da concorrência sobre a sua quota de participação no bolo publicitário?

Como resultado do avanço das novas tecnologias de comunicação e para se adequar à nova realidade do mercado, o negócio radiofônico inicia uma reorganização. As redes de emissoras se fortalecem e se abre o capital das empresas à participação dos investidores estrangeiros. Consolidam-se as centrais de rádio encarregadas de atrair o investimento dos grandes anunciantes e os grupos de profissionais animam a discussão sobre o futuro do setor.

O rádio comercial brasileiro entra no novo milênio marcado pela renovação e com esperança de recuperar a quota de participação nos investimentos publicitários.




Coca Cola na década de 90


Os anos 90 são marcados por uma atuação cada vez mais incisiva da Coca-Cola Brasil, além de promover eventos que vão ficar para sempre na memória do consumidor brasileiro: uma estratégia campeã no mercado. Já em balada por um novo slogan "Emoção pra valer" , a Coca-Cola não pára de surpreender os consumidores. Inicia a década de 90 colocando no mercado a Big Coke (dois litros) e a embalagem 1,25L. Em junho de 1990 lança a lata de alumínio 100% reciclável para toda a sua linha de produtos. Pouco tempo depois, chega ao mercado a maior revolução em termos de embalagem a Super família. No rádio, a campanha adota diferentes formatos (spots de 30” e programetes de 60”).

Em 1992, a Coca-Cola foi novamente pioneira ao lançar, no Brasil as Coke Machines (máquinas de vender refrigerantes em lata no sistema de fichas), inovação que, ainda no mesmo ano, juntou-se à novidade da campanha "Sempre coca cola". Em julho de 1995, as Coke Machines passaram aceitar diretamente notas de R$ 1 - no momento em que o Plano Real pregava a estabilização da moeda brasileira. A embalagem de 2,5 litros, a maior do mercado, também chegou como diferente alternativa para o consumidor em 1999, ano em que foi lançado o slogan "Curta".

Em 2001, a Coca-Cola lançou em grande estilo a campanha com o novo slogan "Gostoso é Viver", um sucesso que continua nos dias de hoje. Pregando os bons momentos da vida, a campanha acabou embalando no mesmo ano o relançamento das garrafinhas de vidro “contour” de 237m1, trazendo de volta o antigo prazer de beber uma Coca-Cola gelada na sua mais conhecida e charmosa embalagem. Em 2002, para comemorar a copa, foram lançadas algumas séries de Coca-Cola em latas de 473 ml, com a imagem de Pelé, o Rei do Futebol.

Em paralelo, sempre voltada aos anseios dos consumidores e comprometida com uma permanente renovação, a Coca-Cola iniciou no Brasil, um processo de diversificação, lançando bebidas não-carbonatadas - como água mineral (Bonaqua), chá gelado (Nestea), sucos à base de frutas (Kapo) e o energético (Burn).

Atualmente, quando se fala em Coca-Cola no Brasil, fala-se de um sistema que reúne 39 fábricas operadas por 16 grupos empresariais, com quase 25 mil funcionários e frota de cerca de 10 mil veículos, responsável pelo abastecimento de mais de 1 milhão de pontos de venda em todo o país, que fez sua história no rádio e vai continuar fazendo.




Jingles da década de 90



Jingle Coca-Cola “Sempre Coca-Cola”, Jingle Parmalat “Tomou”, Jingle Guaraná “Pipoca e guaraná”.



Propaganda no Rádio – década de 80

Na década de 80 o Brasil visitava o fundo do poço, (década considerada perdida) como perdida. Violência, recessão (incluindo uma moratória na administração de José Sarney) e desemprego se misturavam a um governo militar que agonizava e a esperança de uma democracia que ninguém sabia ao certo se iria vingar. Uma nova juventude surgia, já sem muita esperança mas capaz de suportar bem o arsenal de tecnologia que começava a aparecer no mundo, puxado pelos primeiros computadores de mesa. Nada disso impediu, entretanto, que a propaganda brasileira, vivessem momentos inesquecíveis.

Com a exploração comercial da faixa FM, criou-se uma nova fase no rádio brasileiro. A programação diversificou-se ainda mais, tanto no estilo de música, quanto na locução. Mais do que uma novidade tecnológica, a FM revolucionou ao conquistar o público jovem. Essa adesão trouxe consigo a publicidade. No início dos anos 80, as FMs já recebiam 80% de toda a verba publicitária destinada ao rádio. A faixa AM acabou ficando mais ligada à comunidade e prestação de serviços.

Inovações tecnológicas como as transmissões via satélite entre emissoras geradoras e suas afiliadas, e a disponibilidade da transmissão radiofônica por meio da internet contribuem para manter o interesse pelo rádio, que continua mantendo audiências diversificadas em todo o mundo até hoje.


A emissoras de rádios clandestinas existiram desde o início da radiodifusão, mas no Brasil este fenômeno ganhou fama apenas nos anos 80, quando foram localizadas só em Sorocaba mais de 40 rádios piratas.


A coca cola na década de 80



Época em que se inicia o chamado "culto ao corpo"- foram anos de mudanças e transformações na Coca-Cola Company. Em 1981, Roberto C. Goizueta, faz uma revisão da estratégia da empresa, adotando o que chama de "assumir riscos de forma inteligente". E ainda organiza as inúmeras fábricas engarrafadoras dos Estados Unidos em uma única empresa - Coca-Cola Enterprises Inc. Ele também lança a Diet Coke que, em 2 anos, torna-se a bebida de baixa caloria mais conhecida do mundo e a segunda de maior sucesso depois da Coca-Cola. Outra iniciativa dele é a mudança do sabor da Coca-Cola, em 1985, a primeira alteração na fórmula em 99 anos. Na fase de testes, as pessoas demonstram gostar muito do novo sabor. Hoje isso não acontece, pois há uma relação emocional muito forte com a fórmula original. Goizueta tem o poder de transformar "limão em limonada". A fórmula original retorna ao mercado como Coca-Cola Classic e o produto começa a aumentar a liderança em relação à concorrência, mantendo-a até hoje.




Jingles da década de 80



Jingle da Coca Cola é isso aí/ Jingle Soda Limonada Antártica/ Jingle Maionese Hellman´s.

Propaganda no rádio-década de 70



Essa época foi marcada pela permanecia exaustiva do Regime Militar que durou de 1964 a 1985, durante esse tempo por causa do medo da implantação do conjunto de reformas, (dentre elas a reforma agrária que traria consequências imediatas a divisão das grandes propriedades, pesadelos do latifundiários), o país foi regido por um governo (articulado pelas forças armadas), que tinham um projeto politico-ideológico definido e, para executa-lo pretendiam permanecer longamente no poder.


Durante a década de 70 o país viveu sobre uma forte e única ideologia, que pela qual defendia seus propósitos para permanência de domino no poder, marcando então essa época pela repressão militar que repudiava a ideologia paralela, influenciando na liberdade de expressão, fazendo com que comerciais e programa de rádio obtivessem restrições reverente a pensamento e liberdade expressão.


O ano de 1970 foi marcado pela grande popularidade do futebol brasileiro que se destaca na época, criando uma repercussão mundial e trazendo mais uma conquista para o país, desviado atenção do período de repressão que o Brasil vivia. T


A rádio no decorrer do anos 70, a Amplitude Modulada desenvolveu sua força popular mesmo com o processo discutível do ¨brega ¨.

A Rádio Mundial era um sucesso entre os jovens da época. com sua programação musical baseada nas canções internacionais contemporâneas.



Refrigerante Grapette na década de 70



Grapette é um refringente de sabor uva, foi criado na década de 40, por Benjamin Tyndle Fooks, em Camden, Arkansas, veio para o Brasil em 1948 através da franqueada Companhia de Indústrias Guanabara, vendia com garrafas de cintura fina com o slogan “ com ou sem sede”. Em 1961, o refrigerante já havia se tornado popular e foi vendido para o grupo Anderson Clayton & Co, que funda a GRAPETTE S/A com sede em Capuava - São Paulo. A orientação imprimida pela Anderson Clayton mediante a utilização de técnicas de vendas, equipamentos modernos, frota de veículos compatível com as áreas de distribuição e concessão de franquias, resultaram no apogeu do GRAPETTE na década de 70, ficou famoso nas rádios do Brasil com o jingle "quem bebe Grapette, repete". a GRAPETTE foi vendida para o um grupo venezuelano IMATACA, o qual era detentor da franquia Pepsi-Cola no RJ e SP. Pouco tempo depois, a IMATACA criou a SABORAMA Sabores e Concentrados Ltda passou a ser detentora da marca e formulação desse tradicional refrigerante em todo o território nacional, transferindo a propriedade da marca GRAPETTE para esta empresa, a qual em 1984 desvinculou-se do grupo venezuelano, tornando-se totalmente nacional. Em 1989, surgiram mudanças na organização da Saborama, a qual transferiu 50% da marca GRAPETTE para a Refrigerantes PAKERA Ltda, passando a ser detentora da marca e também engarrafadora do produto.

Quem bebe Grapette repete!!!

O slogan do inesquecível refrigerante que marcou época nos anos 60 e 70 ainda tá na lembrança das cabeças grisalhas ou dos mais curiosos. Seu jingle com um eficiente jogo de palavras, “quem bebe grapette repete grapette” se concentrava na simplicidade para atingir principalmente o público infanto-juvenil. E não foi diferente, o jingle se popularizou e é lembrado até hoje, mesmo com o refrigerante pouco comercializado.



O Jingle mais conhecido da Grapette


"Quem bebe Grapette
Repete Grapette Grapette é gostoso demais
Beba Grapette! Você vai adorar o seu delicioso sabor de uva! Grapette, um prazer que se renova em cada garrafa!
Quem bebe Grapette/ Repete Grapette Grapette é gostoso demais/Quem bebe Grapette Repete Grapette /Repete Grapette
Grapette é gostoso demais /Grapette é gostoso demais /Grapette é gostoso demais"



Propaganda no rádio 1960

Propaganda no Rádio – década de 60



Na década de 60 a televisão começou a se popularizar e este efeito provocou a redução da audiência e dos investimentos no rádio; Os investimentos em publicidade por exemplo reduziram 23,6%.

As emissoras abandonaram as produções artísticas de grandes orçamentos e ingressaram no formato de música e informação. Sem desfrutar da mesma importância nos lares, a alternativa para o rádio foi a audiência nos carros e na rua, beneficiada com o desenvolvimento da indústrias de transmissores e de automóveis.

Os anos 60 foram os mais delicados para a sobrevivência econômica do rádio.

Para agravar a situação o país entrou em uma fase de estagnação econômica e de grandes problemas políticos. Foi neste período que teve golpe militar para ser exato no dia 31 de março de 1964 e o rádio como os outros meios transmitia mensagens de apoio ao governo federal, enfatizando suas relações administrativas(propaganda ideológica).

Em 27 de agosto de 1962, o governo implantou o código Brasileiro de telecomunicações, este código determinava que apenas em 25% da programação diária passava a ser o máximo de tempo permitido para a transmissão de publicidade no rádio e na televisão.

No período de 1960 á 1970, as agências norte americanas, ditaram as normas de criação. A déc. 60 foi considerada a época mais japonesas da propaganda (copiar, diminuir, baratear), que foi muito positiva pois resultou em uma melhoria expressiva do ponto de vista de padrão criativo.

É nos anos 60 que a propaganda brasileira finalmente obtém uma legislação, assegurando às agências 20% de remuneração sobre a veiculação. Uma década marcada pela televisão que conquista o país a partir da estação pioneira da Embratel, enquanto Chateaubriand, um executivo brasileiro, brilha no exterior como presidente de um dos maiores conglomerados de comunicação do mundo.
Em 21 de abril de 1960 foi inaugurada Brasília.
Acontece o golpe militar e as entidades de classe afinam-se com os propósitos do novo regime, sem imaginar que a propaganda, mais tarde, seria atingida pela censura.



A coca cola na década de 60



No final da década de 1960, o país já contava com mais de 20 fábricas de Coca-Cola que num esforço extraordinário abasteciam todo o território nacional. Com o avanço tecnológico e o surgimento de fornecedores de matérias-primas, o concentrado, até então importado, passou a ser feito no Brasil, inicialmente no Rio de Janeiro e de 1990 em diante, em Manaus.

1966 – “Tudo vai melhor com Coca-Cola”



Jingles da década de 60


Jingles da Coca Cola família/ Jingles Conhaque Alcatrão de São João da Barra/ Jingles Grapette/ jingles Kisuco Uvita